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Corredor, tenha coragem de descansar! (por Gisele Campoli)

  • Foto do escritor: Eric Akita
    Eric Akita
  • 18 de nov.
  • 2 min de leitura

Os poucos segundos que levamos para atravessar uma linha de chegada não são o ponto final de uma preparação. Após isso, tenha atingido a sua meta ou não, outro período primordial se inicia: a fase (ou período) de transição. 

      

Nessa fase, além de recuperar tendões, músculos e ossos, o atleta descomprime toda a parte emocional. Dessa forma, o descanso ganha um sentido mais global, pois não é só o corpo que cansa após meses de treino. 


Mas por que muitos corredores (principalmente amadores) negligenciam tanto essa fase? Na minha opinião isso ocorre devido a duas situações:


1) Se o resultado da prova foi positivo, o atleta fica com medo de perder o condicionamento adquirido com tanto esforço, além de uma grande empolgação por ter atingido um objetivo;


2) Se o resultado da prova foi negativo o problema é maior: para lidar com a frustração, quebra de expectativa e sentimento de derrota, o atleta quer logo voltar para o campo de batalha para tentar reverter a situação. Além de inútil, esse tipo de atitude aumenta a chance de uma lesão e pode levar a um quadro de exaustão emocional.

   

A solução para isso, em ambas as situações, é a aceitação e o entendimento. 

   

Em média, utilizamos 1 dia de descanso para cada milha percorrida, então no caso de uma maratona não podemos pensar em nada menos que 26 dias. Isso não significa ficar sem treinar, mas as corridas precisam ser mais curtas (pouco volume) e sem intensidade. Nessa fase também, caso o atleta goste, é possível praticar outras atividades de forma lúdica como pedalar e nadar.

   

É importante entender que é impossível passar o ano inteiro em alto nível. Nem os atletas profissionais são capazes disso. O destreino que naturalmente vai ocorrer nas semanas de transição será o ponto de partida para recomeçar em plenas condições físicas e emocionais na próxima temporada de treinos e provas. 

   

Viver plenamente cada fase desse ciclo é a chave para permanecer (a longo prazo) de forma saudável nesse esporte.



Gisele Campoli

(treinadora e sócia da G+ Treinamento Esportivo)

@gmaistreinamento



Imagem: Marcos Credie



No período de transição (destreino), além de recuperar tendões, músculos e ossos, o atleta descomprime toda a parte emocional. Dessa forma, o descanso ganha um sentido mais global, pois não é só o corpo que cansa após meses de treino.
No período de transição (destreino), além de recuperar tendões, músculos e ossos, o atleta descomprime toda a parte emocional. Dessa forma, o descanso ganha um sentido mais global, pois não é só o corpo que cansa após meses de treino.

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